segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Modernismo ( Primeira Fase)

O Modernismo - (primeira fase)

O período de 1922 a 1930 é o mais radical do movimento modernista, justamente em conseqüência da necessidade de definições e do rompimento de todas as estruturas do passado. Daí o caráter anárquico desta primeira fase modernista e seu forte sentido destruidor.
Manuel Bandeira
Ao mesmo tempo em que se procura o moderno, o original e o polêmico, o nacionalismo se manifesta em suas múltiplas facetas: uma volta às origens, à pesquisa das fontes quinhentistas, à procura de uma língua brasileira (a língua falada pelo povo nas ruas), às paródias, numa tentativa de repensar a história e a literatura brasileiras, e à valorização do índio verdadeiramente brasileiro. É o tempo dos manifestos nacionalistas do "Pau-Brasil" (o Manifesto do Pau-Brasil, escrito por Oswald de Andrade em 1924, propõe uma literatura extremamente vinculada à realidade brasileira) e da "Antropofagia"(01) dentro da linha comandada por Oswald de Andrade. Mas havia também os manifestos do Verde-Amarelismo e o do Grupo da Anta, que trazem a semente do nacionalismo fascista comandado por Plínio Salgado.
Antônio Alcântara Machado
Cassiano Ricardo 
No final da década de 20, a postura nacionalista apresenta duas vertentes distintas: de um lado, um nacionalismo crítico, consciente, de denúncia da realidade brasileira e identificado politicamente com as esquerdas; de outro, o nacionalismo ufanista, utópico, exagerado, identificado com as correntes políticas de extrema direita.
Entre os principais nomes dessa primeira fase do Modernismo, que continuariam a produzir nas décadas seguintes, destacam-se Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Antônio de Alcântara Machado, além de Menotti Del Chia, Cassiano Ricardo, Guilherme de Almeida e Plínio Salgado.

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